Jazias, meu Amor, entre a Vida e a Morte. Deus compadeceu-se, ordenando aos anjos. Conscientemente, eu não percebi! Tinha mergulhado num esquecimento entorpecido.
Em marcha pausada, apareceu um anjo de rara beleza, vestes humanas, robustas e largas – tinha um rosto tranquilo e resplandecente, não olhou, não cumprimentou, focou-se em ti.
As cortinas abrigaram-vos, ficaste tu, o anjo, e uma nuvem de Céu. Atormentada, esperei!
Abriram-se as cortinas, não havia anjo, nem nuvem, nem dor, apenas amplos sorrisos.
Dulce Ribeiro, 40 anos, Lisboa
Desafio nº 21 – a propósito de uma ilustração
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