Juntavam-se no mesmo local, o cemitério da cidade. Aqui, sentiam-se seguras, falavam do que lhes ia nas almas, sem tabus. O grupo era coeso, sempre alerta. Um restolhar mais suspeito e cada uma, de cócoras, arranjava flores e limpava a terra, cuidava da campa mais próxima de si. A guerra continuava. Levavam cestas com livros, liam em surdina, serviam-se de histórias, bebericavam ideias e enchiam-se de pensamentos. À noite viviam a Liberdade, em sonhos plenos de Luz.
Maria Manuel Casal Ribeiro, 63 anos Parede
Desafio nº 266 – excerto de Isabel Peixeiro
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