A existência estava por um fio. Incêndios, explosões e pó… Todo o trabalho inestimável dos voluntários era como uma anestesia, que fazia calar a sirene e abraçar quer os feridos, quer os arrependidos. Qual a necessidade de tudo isto? Porquê? Questionava-se constantemente, mas era o silêncio a resposta. Um sentimento de revolta agigantava-se e tornava-o senil. Já não via com clareza, já não sabia sequer o dia. Até que o dia chegou e o mal, finalmente, cessou.
Sobral Ramos, 44 anos, Coimbra
Desafio nº 265 – palavras com i+n+s+e
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