O perfume da flor soltou-se e ele não soube procurar entre os pezinhos coloridos qual a pétala que se havia libertado. Baralhado nos pensamentos, não descortinou em nenhum olhar a definição daquilo que buscava quando, na realidade, nunca soube o que desejar. Concluiu apenas que as flores são difíceis de encontrar. Começou a chover e sem sair dali, deitou a mão ao chão, tinha a certeza que o pousou perto. Enraivecido, questionou: para onde vão os guarda-chuvas?
Margarida Correia, 46 anos, Lisboa
Desafio nº 270 – Dia Mundial do Livro em títulos
O perfume da flor, Carlos Lopes Pires + Nenhum olhar, José Luís Peixoto + Para onde vão os guarda-chuvas, Afonso Cruz
Muito bonito parabéns :-)
ResponderEliminar