Viu-o chegar, em trote cadenciado e trajetória reta. Gigante, deslizou, resfolgando, engolindo o espaço. Alice estremeceu. Porte altivo e expressão rebelde, aproximou-se. Ao transpor a porta, sabia que a sua sorte mudaria para sempre. Ia agora seguir uma nova rota. O rumo ficava a norte. Era um voo raso pois só se afastava o suficiente para esquecer as vivências passadas. As marcas na pele e na alma. Nunca seria uma torna-viagem. Estridente, o sud-express partiu, levando Alice.
Zelinda Baião, 55 anos, Linda-a-Velha
268 – anagramas de transporte
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