Um toque, uma energia, uma ininterrupta explosão, dilacerando o nobre coração. Prolonga-se à alma - mesclando-a de noite, luz e apreensão.
Ora inquietação perturbadora, ora quietude relaxante – imersão profunda na sublime alma universal.
Erguendo-me em solavancos, somam-se inexplicáveis momentos – talvez o início seja revelado. Sente-se a dor dos filtros, bloqueando os riachos – afluentes do grande rio, repleto de avalanches de ternura.
O fim – mergulho estéril, no rio gelado – dolorosa escuridão.
Reinício – esplendorosa iluminação pela vela que nos sustém.
Dulce Ribeiro, 41 anos, Lisboa
269 – excerto de MFS
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