Sou um bule rachado, sou totalmente dispensável.
Nunca me prepararam para isto! Anos de elogios! Sempre fui estética e funcionalmente aprazível! Não havia quem não me desejasse! Agora fui retirado… estou guardado, escondido, à espera do fim.
Tenho restos de cola seca à volta das minhas feridas, cicatrizes feias resultantes de uma esperança desesperada.
Já não há cola que me segure, mas continuo a olhar fixamente os pingos que escorreram, prova de que um dia fui amado.
Teresa Moreira, 47 anos, Porto
4 – começando a frase “Sou um bule rachado, sou”
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