Não acreditava no que ouvia, não acreditava.
Desviei o olhar, fixei as nuvens, ameaçadoras.
Era então essa a conversa importante, inadiável? Escolheste bem o local para mo dizer. Aqui nos encontrámos pela primeira vez, lembras-te? O céu azul derramava-se nos teus olhos. E eu presa a cada gesto teu. Estarrecida, ouvia-te falar sobre tudo e nada. Seguia cada palavra, o ondular das mãos…
Momentos felizes que não foram para sempre.
As faces molhadas é chuva que cai.
Helena Rosinha, 70 anos, Vila Franca de Xira
273 – 11x7 com frase inicial dada
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