Escrevi isto:
Sonho com a casa clara. Sonho acordada, os pensamentos lutam com os medos, os desejos misturam memórias. Os degraus. Sonho com os degraus, na esperança de calar os pensamentos, os medos, até as memórias desejadas. Não os subo. Não quero enfrentar o que existe na casita clara. Bastam-me os degraus, na inconstância de tamanho, na possibilidade de existir um lar. Perco a noção do tempo desta agonia. Queria apagar as decisões tomadas neste tempo de guerra. Acordo.
Margarida Fonseca Santos, Lisboa
285 – quadro de A. Souza Cardoso
Olá, querida amiga Margarida!
ResponderEliminarTempos de lares despedaçados... só a força do Amor para se reconstruir por dentro de por fora.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
https://amorazul01.blogspot.com/2023/09/amor-em-pedacinhos.html
É verdade. Obrigada, um beijinho
EliminarBoa noite, envio a minha participação:
ResponderEliminarEra já final de tarde. No trilho ao longe surgia a silhueta daquela singela casinha. De cor clara, confundia-se com a paisagem da pradaria. Tinha portas e janelas, mas sem puxadores. Era a nossa imaginação que as abria. Estórias de fadas e duendes nas suas atarefadas vidas, contadas naqueles irregulares degraus, tão diferentes quanto nós. As telhas deixavam passar a chuva, que anunciava a cadência das emoções dos dias passados.
Desmesuradamente as ervas medravam, a casita envelhecia.
Bem hajam!
Obrigada pela participação, um abraço
EliminarEsta é a história da casa "abandonada."
ResponderEliminarPorém uma voz podia ser ouvida por quem por perto passava.
Homem ali morava com uma catenga
Que veio a morrer.
Jamais conseguiu aceitar a última e eterna despedida.
Não era capaz lidar com sua morte.
"Conversava" com o animal como se estivesse vivo.
Tudo se tornou mais complicado.
Um vendaval destruiu parte da moradia.
O Homem recusou evacuar imóvel.
Não sabia o que fazer.
Deixar catenga estimação seria inescusável.
Obrigada, Verena, um beijinho. Margarida
EliminarNa sala de jantar da avó Adelaide há um quadro. Quando almoçamos todos juntos, há sempre um momento em que os meus olhos são atraídos por aquelas cores e formas e a minha atenção abandona totalmente o tema da nossa conversa, fugindo para aquela casinha de linhas desequilibradas e esconderijos infinitos. Imagino quem lá viverá, quantos gatos terá, qual o seu chá predileto, que livro leu na última semana, o que pensa sobre o rumo do Mundo...
ResponderEliminarEra uma vez uma menina que estava a passear. De repente, caiu num profundo buraco. Dentro do buraco, a rapariga encontrou uma sala com muitas portas de todos os tipos e tamanhos que levavam a todos os sítios imaginários. Como a pequena era curiosa decidiu entrar nas portas todas, uma por uma, para descobrir o que lá havia. E descobriu montanhas gigantes, lagos encantados...adiante. Do nada, caiu do precipício e percebeu que tinha sido um sonho.
ResponderEliminarO mundo é cheio de maravilhas e uma delas são os livros e os quadros. Eu adoro um livro da Sophia de Melo Breyner, chamado "A Fada Oriana", é engraçado. Também gosto do "Principezinho". Fala de um menino na Lua. Também gosto dos "Aristogatos". É que eu adoro gatos. São uma fofura. Têm bigodinhos, olhinhos fofinhos e bonitinhos e o seu olhar de gato. É irresistível. Sabem, eu tive muitos gatos mas fugiram. Ainda tenho um gato.
ResponderEliminarHá muito tempo atrás houve uma grande guerra. As pessoas fugiram em barcos que muitas vezes acabavam por naufragar. Mas houve um que não naufragou. Um dia, ao ser atacado por orcas, que lhe partiram o leme, lá foi andando à deriva por aí. Um dia chegou a uma ilha. Os que se encontravam no barco decidiram uma coisa: tinham de trabalhar juntos para conseguirem sair dali. Até que um dia fizeram um barco e conseguiram salvar-se.
ResponderEliminarBravo, tantas histórias! Obrigada.
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