02/09/15

Nada feito...

Ninguém à espera. Aproximo-me. Pergunto se posso passar. Dizem-me:
 – Sem senha, nada feito!
Vou à máquina para tirar a senha e nada. Volto ao guichet, explico a situação. Repetem-me:
 – Sem senha, nada feito!
Tento mudar o meu destino implorando. Repetem-me:
 – Sem senha, nada feito!
Pergunto se há solução e respondem:
– Quando tiver senha, eu atendo-a!
Quatro horas depois, senha na mão, nervos à flor da pele:
– Passe, por favor!
Podia ter sido muita coisa, decidi ser obediente!

Paula Cristina Pessanha Isidoro, 34 anos, Salamanca
Desafio nº 97 – galinha de encontro ao vidro


Sem comentários:

Enviar um comentário