Ensaiara muito bem a conversa – tinha de lhes contar o que
acontecera. Das outras (três) vezes, ouvira alguns ralhetes, frases que
começavam com “tens de ter mais atenção”, outras que acabavam em “que não se
volte a repetir”.
– Mãe…?
– Diz!
– Perdi a chave do cacifo… Outra vez… Desculpa.
Depois de um olhar espantado, chegou um sorriso:
– Estas? – Na mão da mãe, as chaves… – Vê lá tu, fui eu que
lhes peguei sem querer, que cabeça a minha!
(texto: Margarida Fonseca Santos; ilustração: Francisca Torres)
(texto: Margarida Fonseca Santos; ilustração: Francisca Torres)
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