Comprara os dois pares de óculos iguais ao mesmo
tempo. Mas com os de aros azuis via tudo tranquilo, com os de aros amarelos via
tudo agitado, mais vivo. Azuis, os pássaros balouçavam-se tranquilamente nos
ramos; amarelos, esvoaçavam e cantavam alegremente! Azuis, as flores tinham
aroma suave de rosa branca; amarelos, aroma forte de rosas vermelhas!
Estava com os azuis quando viu o leão, deitado,
sossegado. Quis saber como seria com os amarelos… e o leão comeu-o!
João PauloChora, Estoril
Toda a tarde a correr pelo jardim, a trepar às
árvores, a jogar à bola… mas a energia de Catarina estava longe de acabar.
– Catarina! São horas… – chamava, de novo, a mãe.
Mas o jardim oferecia novas árvores para trepar, mais
relva para correr, outros campos para jogar… e Catarina não conseguia dizer que
não a tais convites.
– Vou já! Só mais um bocadinho – pedia.
E o sol ajudava, demorando a deitar-se, só para a ver
feliz.
Rita Vilela,
Paço d’Arcos
O vento fustigava a lágrima que
teimava em cair, como se quisesse, também ela, dizer que não achava nada
correto o que se passava na aldeia, barulho e algazarra para nada, um pouco de
nada! Sou lágrima de mulher e todos sabem que choram fácil. Amar também não é
fácil, principalmente quando temos que renunciar ao que tínhamos ajeitado e
desassossegar o coração, vestido de festa e medo. Dás-me a mão? Aprendo o novo caminho, sou mulher!
Rosa Maria Moreira
O
desejo de mudar, de fugir, de ser feliz, de ter um pouco de paz e de poder
estar só, refugiada na sua dor e tormento marcaram aquele rosto outrora lindo e
radioso. O olhar parado, sem brilho, carregado de emoção e tristeza foi uma das
imagens mais marcantes que já vi. Tanta angústia, dor, revolta, falta de
esperança…
Terá
perdido o seu amor para sempre? A ruína humana delineava-se naquele corpo
frágil, desesperado e gritante…
Arlete Leitão; 47 anos, São João da Madeira
São muitos os momentos, os
sabores, os cheiros, os sons, as poucas sábias palavras, o seu olhar…e
principalmente a presença e a forma de estar na Vida, que fizeram parte da
minha infância, do meu crescimento e que estão presentes hoje em mim.
São estes momentos que recordo
com lágrimas que me caem pelo rosto. Guardo-os dentro do meu coração, fazem
parte do meu Ser… e são estes momentos que, acima de tudo, transformaram-me a
alma.
Obrigada Avô!
Inês Pinto, Lisboa
Obrigada por ter vindo cá à nossa escola, adorei a história que nos contou da folha de papel branca e adorava que viesse á minha nova escola, a escola de Mindelo!
ResponderEliminarUm beijinho muito grande e muitas felicidades!
Obrigada, Beatriz! Eu gostei tanto de vos conhecer...
EliminarUm grande beijinho!
Obrigada, Beatriz! Eu gostei imenso de ir aí...
EliminarUm grande beijinho