A Ana e a Lena passam os dias a lerem contos de
encantar! Sentam-se num tronco rodeado de rosas e dão asas ao pensamento.
Como não escondem o que lêem, passam os contos
a peças e elas são o centro das atenções!
Aparecem outros actores cantantes: a rola Nonô,
o pardal Dedé e o pato Patolas. Eles são o coro. As plantas dançam na ponta dos pés. O teatro
está pronto!
Todos se sentem bem e contentes!
Ana Santos
Tarde de Outono
No
canto da sala de estar, Marta e Dora lêem pacatamente. Está sol, nesta amena
tarde de Outono, e, de repente, apetece à Dora saltar à corda (!?). Preparam-se
(as cordas?) e lá estão elas aos saltos, no
areal perto do mar... saltam, saltam... saltam... Saltam…
Ops!!! Têm de
parar para descansar...
Retomam à sala,
onde, na mesa de canto, as espera: pão, mel, compota de amêndoa e concentrado
de maça.
Esta tarde está
a ser... ALTAMENTE!
Carla Silva Cardoso
Retornam os pássaros aos ramos do plátano. Passos apressados
ressoam nas pedras da calçada. O ladrar remoto dos cães ecoa por entre as casas.
A oeste, o sol despede-se do mar.
Mas eles nem dão pelo passar do tempo. Soltaram as rédeas do
coração e perderam-se no caos das emoções. Sentem apenas o tremor dos corpos, o
alento do ar nos colos, a presença. Recordam a doce promessa da canção: sem rota
nem mapa, o amor acontece.
Laço esperto
Está o amor por perto, posso soprá-lo ao leo
permanecerá latente por dentro, do coração, sempre centro
no pensamento, coerente, na pele, sede ardente...
Posso tomá-lo nas mãos, e amar,
posso mandá-lo arredar,
posso soltá-lo no mar...
O amor me detém em colo certo
concede amparo em laço esperto...
De tão apto em me manter
não me solta, não me prende...
...me tem, para sempre
sem ter como deter.
Me tome, amor, me rapte...sem me reter.
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