Esteve hospitalizada. Sofrimento
insuportável, culpa insistente, desespero...
Tinha de continuar, pelos que
amava, mas como? Aguentaria?! Para conseguir iniciou um percurso de anestesia
medicamentosa. Assim, não pensava ou interrogava sobre as coisas. Consequência:
resistência orgânica à substância; episódios psicóticos. Aí, assustaram-se.
Conduziram-na ao médico. Internamento. Outro médico: bipolaridade. Sabia que
era depressão, grave, arrastada no tempo, com comportamentos para-suicidários.
Mas... Depressão era, que sabia. Lutara, antes, através dos livros, para
vencê-la. Vencera-a? Talvez! Ainda não. Não!
Isabel Pinto,
Almada
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