Recordando o que os médicos nos pediam para dizer, quando
encostavam o estetoscópio gelado às nossas costelas para nos auscultar, aqui
vai a proposta:
Sensivelmente a meio do texto, alguém terá
de dizer:
– Diga 33!
Ou
– Diga, 33…
Ou
– 33? Diga!
Vá, divirtam-se!!!
A minha saiu assim:
A minha saiu assim:
– Diga, 33, diga, não se acanhe…
Pobre soldado. Já perdera o nome,
passara a 33, sem identidade para lá da cama onde dormia na caserna e de ser
mais uma cabeça na parada.
– É que…
– Ó homem, fale! Só para a morte
não há solução, não é o que dizem?
33 calou-se. O problema mesmo era
a morte da ratazana de estimação do capitão que dormia a seus pés e comia do
bom e do melhor. Atropelara-a…
Margarida Fonseca Santos, 54 anos, Lisboa