O silêncio dormia e a escrita estava
inflamada.
As letras inseguras e inabaláveis dançavam na
folha de papel, manchada de vinho do porto, e um desejo ardente misturava-se na
sua saliva. Não era caso para cuspir, o seu palato apreciava-o, ainda por mais,
numa mulher literata. Eclodiu do dia para a noite, nas doze badaladas. Hoje, é
um rebento grande, mas a sua própria consideração é ínfima. A mulher está
extenuada da sua vida cíclica, sente-se inebriada.
Miguel Jerónimo,
14 anos, Portugal
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