Estou só no mundo desde ontem.
Morreste-me no momento em que decidiste viver no longe. Ontem, o sol
escondeu-se. Como se um míssil tivesse explodido e destruído o indestrutível.
Que vento perverso se intrometeu
entre nós e rompeu o nó?
Que espero eu, neste sítio onde
nos vimos e conhecemos e prometemos e decidimos e…?
O universo ficou oco. Deserto. Eu
no meio. Só.
Fugi. Fechei o meu mundo e levei um enorme inverno nos olhos plúmbeos.
Ana Paula Oliveira, 52 anos, São João da Madeira
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