Dando-se ares de grande conquistador, de reputação nunca
desmentida pelos pares que, à sorrelfa,
dele desdenhavam, dardejava chispas de segurança, ancho
de convencimento, ao decorrer pelos
caminhos largos da povoação.
O dono, um jeitoso molengão, que dormitava
a maior parte do tempo, desmentia os
apodos ao seu fiel. Ambos se debatiam
em defesa recíproca contra as maledicências alheias.
E assim decidiram que, Farrusco,
o nosso herói, decretaria a atalaia
do seu senhor, enquanto ele deslizava
pelas brasas.
Elisabeth Janeiro, 68 anos, Lisboa
Sem comentários:
Enviar um comentário