Na minha casa vive-se. Há coisas fora do lugar, coisas que
não se usam ou nunca se usaram, coisas inúteis que servem para coisa nenhuma.
Aqui briga-se, berra-se, chora-se, pede-se desculpa, perdoa-se, volta-se a
falhar. Há piadas parvas que mais ninguém entende, risos por tudo e por nada,
ordem e desordem, magoam-se sentimentos, feridas que se abrem e fecham, mãos
que confortam, braços que protegem, ensinamentos que se passam, coisas que se
descobrem em conjunto. Aqui vive-se.
Alexandra Rafael,
35 anos, Albufeira
(história sem desafio)
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