09/09/13

Na minha casa

Na minha casa vive-se. Há coisas fora do lugar, coisas que não se usam ou nunca se usaram, coisas inúteis que servem para coisa nenhuma. Aqui briga-se, berra-se, chora-se, pede-se desculpa, perdoa-se, volta-se a falhar. Há piadas parvas que mais ninguém entende, risos por tudo e por nada, ordem e desordem, magoam-se sentimentos, feridas que se abrem e fecham, mãos que confortam, braços que protegem, ensinamentos que se passam, coisas que se descobrem em conjunto. Aqui vive-se.


Alexandra Rafael, 35 anos, Albufeira   

(história sem desafio)

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