No precipício do fim, procurou retorno do equilíbrio
perdido, que ousou perder, inconsciente, por querer ser livre.
O vento soprou fresco, frio de emoções. Ele evitou refúgio,
cumprindo o tormento que escolheu.
Com olhos turvos, em desespero, fitou o horizonte,
reflectiu, curvou-se em torno do seu suplício, sentindo o cheiro frívolo do
declínio, chorou remorsos…
O vento soprou quente, tórrido, como progenitor indulgente
secou-lhe o rosto, puni-o, refrescou-lhe o espírito.
Ele retirou-se, seguro, hirto, no monociclo devolvido!
Paula Maria
Inverno, 45 anos, Torres Novas
Desafio
nº 37 – uma história sem usar a letra A
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