Falava Osca, diziam.
Ininteligível! Caso bicudo! Um caos!
Pareciam ocas as
cabecinhas de quem o escutava. Como se tivessem levado com uma soca na
cabeça e enfiado as partes pensantes dentro de um saco.
Ainda assim, atreveram-se
a mais comentários.
– Que cosa a
boca! – dizia um.
– Não coas nada
do que para ali se diz! – desabafa outro.
Que asco, pensei
eu, sentindo-lhe a doçura no olhar!
Não dizem os seus olhos
muito mais do que as palavras!
Sandra Évora, 40 anos, Sto.
António dos Cavaleiros
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