Aquela fotografia jazia à anos na
estante da sala, longínqua, desvanecida pelo tempo. Também o velho relógio de
bolso, lá ia trabalhando por teimosia do dono.
Os dois esquecidos, herméticos no tempo,
galgaram juntos gerações. Hoje companheiros de estante,
relembram passados.
– Para aqui estou definhando, marcando o
tempo em compassos distantes… e tu saudosa fotografia como tens conseguido resistir
ao tempo?
– Eu? Espelho os donos desta casa,
relembrando para sempre, momentos de uma juventude à muito perdida.
Graça Pinto, 55 anos, Almada
Desafio nº 62
– dois objectos, numa prateleira cheia de pó, conversam
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