O sol expiava pela
fresta da janela.
O brilho do seu olhar
borbulhava na prateleira um rastro de luz
esquecido na
areia do tempo
Num andar da
prateleira acordava o bule sonolento
Esbravejando, culpando
a xícara
– Preguiçosa! Não
intui ninguém mais a beber um delicioso café!
A xícara esfregando
seus olhinhos cansados do abandono, retruca:
– Culpado é você bule
enfezado!
– Ninguém vai querer
colocar café num bule enferrujado
Virastes peça de
museu e disso já se esqueceu!
Ângela Maria Green, 56 anos, Novo Horizonte – SP –
Brasil
Desafio nº 62
– dois objectos, numa prateleira cheia de pó, conversam
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