A primavera tinha
chegado e entravam os primeiros raios de sol pelas frinchas das portadas de
madeira envelhecida. O naperon, um artista especial que tinha desenhado na
prateleira estrelas e flores de pó, respirava fundo.
– Finalmente está aí o
sol e o calor!
– Mais uns dias e
temos a criançada a correr à nossa volta e a deitar tudo abaixo – resmungou a
terrina de loiça de Sacavém.
– Ai, que saudades de
quando havia vida todo o ano!
Cláudia Mourato Fandango, 36 anos, Oeiras
Desafio nº 62
– dois objectos, numa prateleira cheia de pó, conversam
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