Numa prateleira, cheia de pó, na estante da despensa, estavam
um vaso com terra e uma semente.
Sentiam-se, tristes, abandonados.
– Quem és tu? Que fazes aqui?
– Eu sou uma sementinha ansiosa por nascer. Tenho fome, sinto frio, estou com medo. E tu quem és?
– Eu sou a terra, o ventre, que te há-de proteger e nutrir até que cresças e partas.
– Não partirei! Não quero separar-me de ti!
– Partirás, sim! Nunca nenhum filho pertenceu a sua mãe!
Sentiam-se, tristes, abandonados.
– Quem és tu? Que fazes aqui?
– Eu sou uma sementinha ansiosa por nascer. Tenho fome, sinto frio, estou com medo. E tu quem és?
– Eu sou a terra, o ventre, que te há-de proteger e nutrir até que cresças e partas.
– Não partirei! Não quero separar-me de ti!
– Partirás, sim! Nunca nenhum filho pertenceu a sua mãe!
Graça Palhares, 60 anos, V. N. Famalicão
Desafio nº 62
– dois objectos, numa prateleira cheia de pó, conversam
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