O banco é de madeira. Antigo. Preso ao
chão.
O homem é daquilo que é feito um homem.
Muito antigo. Preso à vida.
Parecem um só.
O sol cresce para o dia enquanto o Tejo
desliza num espelho de luz.
Aqui viu o pai mergulhar para a morte.
Aqui chorou tristezas de filhos. Aqui perdeu uma mão cheia de sonhos, gastos no
medo. Aqui seu apelido foi ficando preso em arame farpado.
Seu apelido? Ou sua alma?
Fernanda Elisabete
Gomes, 58
anos, Lisboa
Desafio nº 60 – apelido preso no arame farpado (frase obrigatória)
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