Falhara
tudo. Escola, avaliação zero. Empresa, competência nula. Família, tentativa
falhada.
No
bolso somava trinta e mais muitos anos sem rumo.
O
papel falava que as crianças eram despojos de guerra que queriam sorrir. E
gritavam por alguém com mãos fortes e coração aberto.
Era
longe. Nem conseguia dizer o nome da terra. Mas chegou.
–
Nome?
–
Pastorisa.
–
Pastorisa?
–
Sim, meu pai era pastor, minha mãe uma brisa… O encontro do sonho.
A
vida cumpria-se agora. Sabia-o. Sentia-o.
Fernanda Elisabete Gomes, 58 anos, Lisboa
Desafio nº 65 –
chamavam-lhe Pastorisa
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