23/06/14

Contudo...

Contudo, cai fora dele.
Pois, entre todos aqueles sítios sem fim tudo indicava que estava perdido, perdido no infinito  da minha alma. Perdido, porque tinha sido atirado naquela valeta sem história, sem vida, sem dignidade e, sobretudo, sem esperança. Eu era o amor em perdição, o rancor em divinização, a felicidade em agonia. Pois bem, esperava-me a inquietude das palavras, o desabrochar da verdade, a espera do precipício... e assim, permaneci fora dele como se estivesse encantado.

Zulmira Braga, 48 anos, Leiria

Desafio nº 68 – imagem de uma folha amarrotada

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