25/06/14

Desassossego

Caiu no chão desamparado, como uma folha amarrotada, hoje como ontem. Toda a vida fora um joguete daquele anjo de mãos cruéis. É psicológico, vão-lhe dizendo quando comete a inconfidência de ser confidente. As suas fraquezas soçobram invariavelmente às mãos daquela a quem entregou a vida e a dignidade em troco do amor eterno. Agora sem amor, nem saúde para levar a vida, resta-lhe dignificar o nome que o tortura. Escreve livros. De amor? Não… de amargura!

Alda Gonçalves, 47 anos, Porto

Desafio nº 68 – imagem de uma folha amarrotada

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