Em frente morava um
escritor.
De poucas palavras, era generoso em rituais. A escrita acontecia sempre à mesma hora, acompanhada de um café que insistia em fumegar.
Conhecia-lhe bem os sinais. O franzir de testa quando a página em branco vencia e o prazer intenso que o invadia a cada frase perfeita.
Quando uma folha de papel foi violentamente amarrotada e atirada para o lixo mas, contudo, caiu fora dele, eu soube de imediato. Nascera um livro.
De poucas palavras, era generoso em rituais. A escrita acontecia sempre à mesma hora, acompanhada de um café que insistia em fumegar.
Conhecia-lhe bem os sinais. O franzir de testa quando a página em branco vencia e o prazer intenso que o invadia a cada frase perfeita.
Quando uma folha de papel foi violentamente amarrotada e atirada para o lixo mas, contudo, caiu fora dele, eu soube de imediato. Nascera um livro.
Nuno Longle, 40 anos, Odivelas
Desafio nº 68 – imagem de uma folha
amarrotada
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