Tenho a certeza que deambulou sozinho, vereda fora,
horas e horas. Tenho a certeza que não parou mesmo que o caminhar fosse cada
vez mais arrastado. Tenho a certeza que se sentiu esquecido,
deixado como velharia que não admite reciclagem. Tenho a certeza que estava
prestes a sucumbir ao cansaço, à fome, à sede. Tenho a certeza que foi experimentando saudades reconstruídas... apesar de
tudo.
Tenho a certeza porque lho
vi nos olhos meigos de cão abandonado.
Maria José Castro, 54 anos, Azeitão
Desafio nº 70
– frase de palavras obrigatórias
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