Meu amor, a tua ausência provocou em mim tantas saudades, imensas feridas que penso que nunca mais serão reconstruídas, sinto-me tão abandonado
e esquecido, e sozinho vou experimentando
caminhar vereda fora, afastando-me
assim da estrada outrora percorrida quando os dois juntos de mãos dadas calcorreávamos
quilómetros e não nos cansávamos. Hoje sou um farrapo, e como se estivesse
embriagada, o meu corpo deambulou
sem rumo certo na tentativa de encontrar força e esperança para iniciar nova
vida.
Maria Silvéria dos Mártires, 68 anos, Lisboa
Desafio nº 70
– frase de palavras obrigatórias
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