Enveredou sozinho pelos ramos emaranhados da floresta, esquecido já das saudades que deixara fora, atiradas bruscamente para a orla
do caminho. Experimentando a doce sensação de que o passado
ficava longe, lançado em passadas reconstruídas sobre a promessa de um futuro
diferente, deambulou horas infindas num silêncio que lhe pesava nos ombros, um silêncio
quebrado apenas pelo desfalecer do corpo anos mais tarde, sobre as folhas secas
de Outono, junto à vereda perene que o conduzira ali.
Marta Trindade, 16 anos, Lisboa
Desafio nº 70
– frase de palavras obrigatórias
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