– Fomos esquecidos – disse o candeeiro.
– Não te apoquentes – retorquiu a vela –, a Luz de cada
ser está no seu íntimo; mesmo com pó
somos potência de Luz.
– É verdade, mas gostaria de ser tratado com respeito.
– Deixa-te de lamúrias: és um objecto único, tens-me a
mim como companheira e no dia em que nos retirarem o pó brilharemos e
sentiremos a nossa beleza exterior.
– Obrigado pela lição: somos uma dualidade: preparamos o
interior, do exterior o futuro encarregar-se-á.
Ana Mafalda, 44 anos, Lisboa
Desafio nº 62
– dois objectos, numa prateleira cheia de pó, conversam
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