Mariana, todos os dias, acordava
feliz por ver mais um dia. Fazia dois anos, haviam-lhe diagnosticado uma doença
rara e ela decidiu passar a viver cada dia intensa e proveitosamente.
Levantava-se, saboreava cada
alimento com carinho; vestia-se, sentindo a suavidade, a frescura e a macieza
do tecido lavado e perfumado; pegava num livro e sorvia fervorosamente a sua
seiva…
Sua irmã lamentava-se
constantemente e Marina dizia-lhe:
– Vive, vive, Jacinta! Põe os
olhos em mim! Viverei eu, amanhã!?
Fátima Fradique, 40 anos, Fundão
Desafio nº 18 – palavras proibidas: não que mas pois como verbos: estar + ser
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