O frio crescia tanto quanto a comida
escasseava. Deambulavam, enxotados, por quintais de casas repletas de conforto
interdito. Uma cadeira, almofadada e escondida da geada, tornava a noite
sorridente; desperdícios de comida eram um banquete delicioso.
Natal. Os humanos empanturravam-se de caridade: uma porta abriu-se. Deslumbraram-se: tanta comida, lugares fofos para se enroscar ronronando de prazer no quentinho da lareira e nos mimos da família. O Natal passou, eles cresceram.
Foram quase felizes, num sempre muito pequeno.
Natal. Os humanos empanturravam-se de caridade: uma porta abriu-se. Deslumbraram-se: tanta comida, lugares fofos para se enroscar ronronando de prazer no quentinho da lareira e nos mimos da família. O Natal passou, eles cresceram.
Foram quase felizes, num sempre muito pequeno.
Maria José Castro, 54 anos, Azeitão
Desafio nº 79 – quase felizes, num sempre
muito pequeno
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