Um novo sentido
A mulher entrou no quarto e deu com a folha amarrotada. Desembrulhou-a e leu. Fechou os olhos e teve consciência de jamais ter experimentado aquele alívio, ao ler o conteúdo de uma folha desprezada. Ao lado, o filho dormia. E nunca, nunca o arrependimento teve melhor sabor. Naquela manhã de 1 de Janeiro, o ano foi realmente novo. Tudo recomeçava para ambos. Esquecida, a nota de suicídio perdera o sentido. A vida ganhava um sentido novo: esperança.
Vera de Vilhena, 45 anos, Mafra
Desafio nº 68
– imagem de uma folha amarrotada
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