13/05/15

Um adeus

O comboio que o sargento tem de apanhar, partirá em breve. Minutos passaram e a sua inquietação crescia, pois ela prometera dizer adeus. O apito retumbou e, resfolegando vapor, moveu-se lentamente o comboio. De improviso, dedos bateram incertamente na janela. Os seus olhos amorosos entreolharam-se. Queriam trocar algumas palavras, mas a silhueta dela já era uma sombra ao longe quando ele conseguiu abrir a janela. Então, era um alívio grande, ao observar na vidraça o coração seteado.

Theo De Bakkere, 62 anos, Antuérpia Bélgica
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Desafio RS nº 25 – dedos que batem no vidro (cena)

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