06/07/15

Céus celestes

Céu negro. Entrou sem medo. Fim de receios, fim de questões, fim de demónios.
Céu negro. Continuou mudo, quedo, em tenebroso silêncio. Início de quereres, início de louvores, início de terríficos deleites.
Céu negro. Novo rumo, fluido líquido em seus sentimentos. 
Céu negro de seus temores, que no momento se foi construindo. Sonolento, seguro, direito.
Céu negro, céu cinzento, em fundos verdes de muitos tons. Céus celestes, em cortiços de mel quente e existires de gozo divino.

Fernanda Elisabete Gomes, 58 anos, Vila Franca de Xira  
Desafio nº 37 – uma história sem usar a letra A

Sem comentários:

Enviar um comentário