Fazia tempo que a vida se despira da tranquilidade. A
guerra assomava-se cada vez mais. Da janela, Maria podia perceber, ainda que ao
longe, a cada estrondo, um clarão
sublinhando o impacto das bombas caindo. Naquela noite ouviu a porta bater. Saltou do sono e correu
para a porta, na ânsia de abraçar o seu amado Zé. A guerra havia-o
levado… Há muito os dias eram tecidos com a ilusão do seu regresso. A porta permanecia fechada…
Amélia
Meireles, 62 anos, Ponta Delgada
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