02/07/15

Fim de tarde

A praia estava deserta.
Sentei-me na cadeira em cima da areia empapada e fria. 
Dei asas à liberdade, a imaginar, a viajar pela vida existente para lá deste areal sem fim. 
Desta brisa fresca, desta magia!
Deste sentir existente em mim!
As aves grasnavam, adivinhavam  talvez tempestade. 
Tentei escrever, sem pensar, palavras à deriva, sem rima.
Faltava-me papel, caneta.
Limitei-me a escrever na areia apenas a palavra tristeza... 
E deixei secar a lágrima salgada na minha face.   
 
Rosélia Palminha - 67 anos  Pinhal Novo

Desafio nº 93 – escrever sem O nem U

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