Era o seu momento

A cada
palavra uma nova discussão. E de novo a espera pela concórdia que sempre
tardava. Eram assim aquelas contendas. Um olhar, um chiste, uma provocação e
tudo desabava como uma cascata incapaz de se conter. Dissolvia-se num pranto.
Tantas vezes interior. Ninguém percebia. Mas ia crescendo nas manhãs que se
delineavam cada vez mais cedo na falta de conseguir esperar. Era o seu momento,
a sua aurora, a sua vez! E nada a demoveria de partir!
Paula
Coelho Pais, 54 anos, Lisboa
Desafio nº 91 – cena metafórica de
gota de chuva que acaba numa poça
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