Não era uma receita
complicada, contudo todos achavam já em desuso. Como seria o mundo se a cada
dia saboreássemos tal iguaria. Era o bolo da caneca. Uma caneca de tolerância.
A mesma medida de compaixão. Duas canecas de doçura e a mesma quantidade de amor
ao próximo. Uma pitada de entusiasmo e de alegria. Envolver tudo com leveza.
Barrar a forma com sorrisos. Levar ao forno medio. Servir a cada dia, com
parcimónia, mas com convicção.
Amélia Meireles, 62 anos, Ponta Delgada
Desafio RS nº 10 – uma receita em 77 palavras
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