Na maré vazia apanhava o
isco e vazava-o no balde.
Depois, entusiasmado até aos ossos, lá ia
para o molhe do Vazadouro. Lançava as canas, acendia uma cigarrilha, esperava…
Uma vez não voltou. Os
amigos, no meio de enorme vozearia, procuraram, chamaram… mas só as
tralhas estavam no molhe. Do Vaz, nem sinal.
Dizem que o mar, vezeiro nestas
maldades, o levou na vazante.
Talvez… mas uma sereia o salvou. Vive
agora na ilha dos Velhos Pescadores.
Domingos Correia, 57anos, Amarante
Desafio nº 96 – palavras com Z e V
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