A lua brilhava com clarão enorme a
iluminar a rua.
Ouviu a porta a bater. Depois, o silêncio.
Alguém entrou ou saiu? Estranho. Não se ouvia um passo, uma palavra ou sussurro
que fosse. Terá a porta ficado aberta por esquecimento e o vento fechou-a?
Súbito, lembrou-se das palavras dele à tarde e correu para a janela na ilusão
de ainda o ver. Apenas viu uma sombra a esgueirar-se para o passeio. Viera!
E não falara.
Rosa
Maria Pocinho dos Santos Alves, 52 anos, Coimbra/Ovar
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