Agora quero criar a
Palavra,
entre funis de alento,
no fundo da jornada,
nas roseiras vermelhas,
no sangue dos outros,
entre rugidos de esperança.
Quero a Palavra,
no fundo da jornada,
nas roseiras vermelhas,
no sangue dos outros,
entre rugidos de esperança.
Quero a Palavra,
quero ser
sua criação,
quero-a feita de
letras,
quero dela ser digno,
quero dela ser digno,
criador,
criação.
No entanto,
talvez queira também fugir,
ser o nada e o
tudo,
na Palavra me
embalar,
entre espuma,
entre algas,
entre espuma,
entre algas,
rochas alvas de
alegria,
num livro,
numa linha,
no meio dos outros,
tudo esquecendo de mim...
no meio dos outros,
tudo esquecendo de mim...
Jaime A., 51 anos,
Lisboa
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