A tristeza
inundava-lhe os dias, a vida, a existência, num frio de morte. Ousara ser
frontal, vertical. Princípio inalienável. Assombro dos assombros, foi punida
por tal desfaçatez por quem a alienava, enganava, subjugava e, também, quem se
submetia servil e subserviente. Mentiram, difamaram, perseguiram-na,
isolaram-na, para pagar pela ousadia. Só que a sua coragem abriu a consciência
de outras pessoas e tornou-se numa enorme corrente de solidariedade, tal
como a gota de chuva que acaba numa poça.
Rosa Maria Pocinho dos Santos Alves,
52 anos, Coimbra
Desafio nº 91 – cena metafórica
de gota de chuva que acaba numa poça
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