OUVIR o
programa!
A velha mendiga cantava e relembrava a vida passada. Dirigia-se às crianças atentas.
As
lembranças da velha eram janelas abertas para elas. As palavras eram aves
libertadas. Entravam nas crianças e se entrelaçavam na brevidade das leves
existências. Magia estranha existia nas tintinantes sílabas: lembravam a maciez
da seda nacarada e alegres bailares de brisas marítimas. Narrativas simples
descreviam imprevistas caminhadas e estranhas fantasias.
Eram
para a alma, as palavras! A ela se dirigiam e nela ficavam.
Isabel
Sousa, 63 anos, Lisboa.
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