Deitaram fogo aos meus
sonhos, mãe.
Olha: labaredas vermelhas
e azuis roubam-lhes a cor, em breve os meus sonhos não passarão de
contornos a carvão. Vê: não há chuva nem vento que o apague
agora, a minha alma foi despejada de casa e atirada para a rua.
Espero por uma resposta que
não vem, bem sei.
Não respondes a lamúrias vãs
de corações partidos. Se respondesses, dirias:
“Porque me chamas? O amor,
quando verdadeiro, reergue-se das chamas.”
Ana
Pessoa, 37 anos, Alenquer
Desafio
Escritiva nº 3 – mau tempo com: chuva, vento, amor, azul, vermelho e rua
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