A justiça divina não falha; a humana é cega. Tanta injustiça.
O relojoeiro conserta
horas numa minucia de cirurgião; tantos relógios diferentes!
Testemunhou a vida de várias
famílias; hoje vive a sua ruína.
À hora de ponta, magotes eram
devolvidos à rua pelo metro.
O cabelo ralo afligia-o;
medo de parecer demasiado velho ou feio.
Noite de Natal. A peúga sonhadora
da pequena pendurada na lareira.
A sua voz meiga soava-lhe doce e
terna ao confidenciar-lhe amor.
Rosa Maria Pocinho dos Santos Alves, 52 anos, Coimbra
Desafio RS nº 26 – 7 palavras
impostas em 7 frases de 11 palavras
Um conto de Natal! Que lindo!
ResponderEliminar;) Um beijinho
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